sábado, 25 de fevereiro de 2012

Haj Mohammed Effendi Amin el-Husseini


Esta foto, infelizmente ainda pouquíssimo conhecida no Brasil, pode não ser uma obra-prima artística, mas é decerto uma das mais importantes e reveladoras do século XX. Quem quer que, sem ser capaz de reconhecer os fotografados nem de explicar por que ambos estão posando tão amistosamente juntos para o fotógrafo, meta-se a opinar ou, pior, pontificar sobre certos conflitos contemporâneos não sabe do que está falando.

Na foto acima está Haj Amin al-Husseini, o Mufti de Jerusalém e tio de Yasser Arafat, quando este foi recebido por Hitler em 28 de novembro de 1941. O líder árabe propôs uma declaração a ser assinada pelos líderes do Eixo a qual afirmava que: "A Alemanha e a Itália reconhecem o direito dos países árabes de resolver a questão do elemento judeu, que existe na Palestina e em outros países árabes, como é exigido pelos interesses nacionais e étnicos dos árabes, tal como a questão dos judeus foi resolvida na Alemanha e na Itália".


O mufti colaborou ativamente no extermínio dos judeus no Holocausto.

Segundo depoimento no julgamento de Nuremberg dado pelo lugar-tenente de Adolf Eichmann, Dieter Wisliceny, "o Mufti foi um dos iniciadores do extermínio sistemático dos Judeus da Europa e foi um colaborador e conselheiro de Eichmann e Himmler na execução desse plano. Ele era um dos melhores amigos de Eichmann e constantemente o incitava a acelerar as medidas de extermínio. Ouvi ele mesmo contar que, acompanhado por Eichmann, visitou incógnito as câmaras de gás de Auschwitz ".

Husseini interveio pessoalmente para conseguir que Himmler cancelasse a troca de 5 mil crianças judias polonesas por prisioneiros de guerra alemães, que estava sendo negociada com a Cruz Vermelha. As crianças estavam internadas no gueto de Theresienstadt e foram removidas para campos de extermínio e assassinadas.

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