segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Philip Hitti e o tratamento dispensado a cristãos sob domínio muçulmano


Philip Khuri Hitti (1886 - 1978), um cristão maronita nascido no Líbano,  foi um estudioso do Islã e  o responsável pela introdução do campo de estudos da cultura árabe nos Estados Unidos. Apesar de sua óbvia simpatia para com o pan-arabismo (algo não muito comum entre libaneses maronitas) e de seu anti-sionismo, ele oferece informações valiosas sobre a invasão árabe do Levante e a relação entre os conquistadores muçulmanos e outros grupos religiosos sob seu controle. 


Do seu livro A História da Síria (1956):
**Palestina e Jordânia eram províncias da Síria  [1]   [2]



A terceira classe consistia de membros de seitas toleradas que professavam religiões reveladas - cristãos, judeus e sabeus (sabianos)...  Na Arábia, no entanto, nenhum não-muçulmano era tolerado, exceto uma pequena comunidade judaica no Iêmen.

Este reconhecimento de seitas toleradas era condicionado ao desarmamento de seus devotos e a exigência de um pagamento de tributo (Jizya) por parte deles em troca de proteção muçulmana

Na Síria, os cristãos e os judeus eram geralmente bem tratados até o reinado de Umar II, o primeiro califa a impor restrições humilhantes sobre eles. Ele emitiu normas excluindo os cristãos de cargos públicos, proibindo que usassem turbantes e obrigando-os a cortar suas franjas, a vestir roupas diferentes e com cintas de couro, a montar [em animais] sem sela, a não construir locais de culto e a orar em voz voz baixa.

A pena para o assassinato de um cristão [pelas mãos] de um muçulmano, ele decretou, era apenas uma multa, e o testemunho de um cristão contra um muçulmano não era aceitável em um tribunal. Pode-se supor que esta legislação foi promulgada em resposta a demanda popular.


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